modelo cósmico já. eles se fecharam em uma organização louca e preconceituosa porque querem moldar em oposição ao conviver com a diversidade, não entendem que o o universo somos nós e ate hoje ninguém entendeu o universo, mas eles já vem com tudo pronto e deixam pra todo o resto, tem um símbolo máximo, dois, três, ate milhares e ali depositam todas as possibilidades, não querem questionamentos, querem comida a mesa e conversas sobre o poder, estado geral d família.
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
quinta-feira, 1 de março de 2012
terça-feira, 28 de fevereiro de 2012
17/07/1993
É o ruído quente
de um sol que é o mesmo
desde sempre
ou
de um início
tanto faz.
tanto faz, tanto queima, tanto seca
será além do que existe
e a tudo consumira
tanto faz.
...
não são noticias, casos
ou acontecimentos
não se move
mas perde-se
para poder
se encontrar
no interior do caos
...
não é a memoria
como ruído
como som
com palavras
como a dor
...
quando a poeira baixa
resta o rancor
uma emoção contraria
que não a viu chegar
desavisada
cega
e não pode entender seu fim
por não saber recomeçar
é a fenix quebrada.
não poderia voltar
a ser o que era
na mesma estrada.
...
cafa.
É o ruído quente
de um sol que é o mesmo
desde sempre
ou
de um início
tanto faz.
tanto faz, tanto queima, tanto seca
será além do que existe
e a tudo consumira
tanto faz.
...
não são noticias, casos
ou acontecimentos
não se move
mas perde-se
para poder
se encontrar
no interior do caos
...
não é a memoria
como ruído
como som
com palavras
como a dor
...
quando a poeira baixa
resta o rancor
uma emoção contraria
que não a viu chegar
desavisada
cega
e não pode entender seu fim
por não saber recomeçar
é a fenix quebrada.
não poderia voltar
a ser o que era
na mesma estrada.
...
cafa.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
horas neutras
caminho na vertgem do dia
ao meio dia
entre as árvores
na sombra
um redemoinho
de folhas secas
uma brisa
em passos descompromissados
não é sabado ( uma folha que vai)
não é domingo (nem feriado)
não é nada
sou só eu
caminhando a esmo
indo...
não se preocupe
um dia eu volto
desse tempo parado
dessa paz que eu sinto.
Cafa 1993.
caminho na vertgem do dia
ao meio dia
entre as árvores
na sombra
um redemoinho
de folhas secas
uma brisa
em passos descompromissados
não é sabado ( uma folha que vai)
não é domingo (nem feriado)
não é nada
sou só eu
caminhando a esmo
indo...
não se preocupe
um dia eu volto
desse tempo parado
dessa paz que eu sinto.
Cafa 1993.
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Sistema
Sempre bonitinho, penteado e engomado
Processo seletivo pra viver engaiolado
Sob as leis da família,da escola e do estado
E a religião te condenando no pecado
Grana e trabalho andam lado a lado
Consumir e produzir esse é o ditado
Os padrões estão ai pra você seguir
Ande fora dele e vão te destruir.
(letra que escrevi pra banda “chute no saco” em 1992)
D.Zita ao estender a primeira peça de roupa no varal observou que uma mancha não havia sido totalmente removida, ela olhou pra caixa de sabão em pó e disse: “Só eu é que funciono é?!” Seu Manério que acabará de chegar ouviu as palavras de D.Zita e falou: “Que foi mulher? Estás conversando com o sabão? Já não basta ficar fazendo papel de maluca conversando com as plantas? Agora deu pra falar com o sabão?” E ela retrucou: “Não Manério, você não entendeu, eu não sou doida, eu só estava dizendo que o sabão em pó que você comprou é ruim.” Manério falou: “hora! Mas isso você tem que dizer pra mim ou ligar pro fabricante e reclamar, tems que perder essa mania besta!” D.Zita: “Tá bom! Ta bom!” Quando a noite chegou a família de seu Manério fez como de hábito sentar-se a mesa para a janta. Seu Manério em uma ponta, D.Zita em outra e os dois filhos, que passavam o dia inteiro no colégio, nas laterais. Antes de começarem a refeição seu Manério baixou a cabeça, uniu as palmas da mão e falou com os olhos fechados: “Senhor, agradecemos por essa refeição” Ao fim da frase todos disseram amém e começaram a comer.
Cafa, 1993.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Vespertino cansaço
Fixar momentos
Como ensinou Mario de Sá
Vou até a praia e subo nas pedras
Observo as ondas e tudo me entra
Pela cortina aberta
Dos meus olhos
Quanta coisa meu deus!
Não posso definir
Em um arroubo emocional
Consumo a erva e me deixo levar
Pelas paragens que jamais poderei compreender
Cafa 1992.
domingo, 12 de fevereiro de 2012
Tudo inútil
Um fogão indeciso
Nos parece tão inútil
Quanto uma geladeira em depressão
Que mais parece um caixão
De laticínios estragados
Uma garrafa que se esconde
Toda vez que a procuramos
Nos adianta tanto a vida
Quanto uma porta na comida
Um sofá velho e cansado
Despediu os acomodados
E uma TV sem privacidade
Condenou os viciados
Estes completamente abobalhados
Cafa, 1992.
(o Word da à dica sobre erros, ou simplesmente, sobre outras
Possibilidades de reescrever os textos, mas insisto em mantê-los como eram)
MINI CONTO
Retratos com datas
O fotógrafo lambe-lambe surgiu na pequena pracinha, vindo ninguém sabia de onde. Os rapazes, por brincadeira, quiseram tirar retratos e o velhinho sorria ao bater as fotografias. Logo depois entregava as fotos e os rapazes riam a valer, pois nos retratos não saia a data do dia, mas datas futuras, estapafúrdias e não coincidentes. E toda a cidade, quando queria se divertir, deixava-se fotografar pelo velho lambe-lambe só pra ver a data que ia sair na fotografia. Também a garotinha de cinco anos com sua mãe tiraram seus retratos com as suas datas, só que a data que saiu foi a do dia seguinte. No dia seguinte, atropelada por um caminhão a garota morreu. A mãe teve um infarto ao ver a filhinha morta e também morreu. Alguém que pegou os retratos do lambe-lambe fez a associação: As datas que saiam nas fotos eram as datas da morte de cada pessoa.
E todos correram até a praça a procura do velhinho, queriam prorrogação das datas, alguns sugeriram linchar o velho. Mas ele não estava no lugar de costume, sumira indo ninguém sabia pra onde.
E ali na praça ficaram todos, uns esperando o fotografo lambe-lambe, outros esperando a morte chegar.
Paulo Cesar Will (fanzine hipnose 1990.)
Pérolas ao povo
Um homem ia atravessando a rua quando de repente uma lajota do calçamento, solta, calçou-lhe um dos pés fazendo-o se desequilibrar de tal forma que ele caiu. Três senhoras e um rapazinho riram do acidente. O homem ergueu-se e caminhou até o grupo e falou: “Muito boa tarde, chamo-me José do Corpo Físico e sou professor de física na escola Mario que foi pra Cova, e o que vocês acabaram de presenciar foi com certeza uma cena cômica onde meu corpo desequilibrou-se quebrando minha postura e a seriedade que ela transmite por isso desencadeou espasmos de risos em suas feições, porém, por outro lado esse acontecimento nada mais é que a prova concreta sobre a existência da força gravitacional em nosso planeta. É por causa da força gravitacional que os corpos espatifam-se no chão, se, hipoteticamente, estivéssemos na lua onde a gravidade é quase inexistente vocês não veriam um homem caindo, mas sim alguém brincando com seu próprio desequilíbrio e quem sabe ensaiando um possível vôo curto e prazeroso sustentado pelo vácuo espacial. Bom, meu tempo é curto e esse é um assunto muito longo, estou atrasado e preciso ir, mas se vocês quiserem tirar alguma duvida para conhecer melhor as leis da física estarei disponível as dezessete horas na escola da qual já falei, uma boa tarde e se possível apareçam!”
As senhoras e o garoto esperaram o homem se afastar e comentaram entre si: “Cada tipo que aparece, além de imbaça vem contar essas piada sem graça!” não dá bola mãe que a minha turma vai pegar ele na porrada!”emendou o guri.” Que é isso guri?”prosseguiu outra senhora” Tu vai bater no homi só porque ele é maluco?”
Logo em seguida as senhoras foram pra casa assistir a novela da tarde e o garoto foi jogar bola com seus amigos.
Cafa, 1992.
Ecologia
Falam em reformar a natureza
Um enorme teatro foi criado
Se promovem as custas da maioria
Que nada sabem e ficam calados
Inútil reforma ecológica
Inútil reforma social
Através do aparelho hipnótico
Hipnotizam a população
Transformam o certo em errado
E o errado transformam em salvação
Inútil reforma ecológica
Inútil reforma social
(Letra que escrevi ,em 1992,pra banda de punk rock Chute no Saco em ocasião da convenção denominada “Eco 92”.Na época dei a idéia pro guitarrista Mingo gravar o canto de um canário e mixar na faixa criando um solo, infelizmente ninguem tinha grana pra pagar uma sessão de estudio, que era caro demais)
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